Em homenagem ao dia Internacional da Mulher, fora lançado ontem no Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual da Paraíba o projeto de combate a violência contra mulher, "Maria's da Borborema".
Pesquisa Ibope realizada pelo - Instituto Patrícia Galvão - apontou o número de 51% para os entrevistados que responderam conhecer uma mulher que é ou foi agredida pelo companheiro em nosso país.
A quantida de mulheres assassinadas no mês de fevereiro deste ano na Paraíba cresceu 200% em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi divulgado na quinta-feira (1º) pelo Centro da Mulher 8 de Março, uma organização não governamental sediada em João Pessoa. Conforme a ONG, 22 mulheres foram mortas no estado em 2012, sendo 18 mulheres somente em fevereiro. No ano passado, foram registrados oito assassinatos de mulheres nos dois primeiros meses.
Nesse contexto, em setembro de 2011 fora inaugurada em Campina Grande a sua promotoria especializada em violência doméstica e familiar contra mulher. Dessa forma, percebendo-se quanto a problemática da efetivação da Lei Maria da Penha se aproxima da nossa realidade local, apresenta-se o projeto Maria’s da Borborema, que atuará conjuntamente à procuradoria especializada.
O Maria’s da Borborema atuará preventivamente, promovendo campanhas educativas voltadas à sociedade em geral conforme consta do Art.8, Inciso V da LMP. A abordagem acontecerá em comunidades carentes, sobretudo no bairro do Mutirão onde o projeto contará com instalação fixa.
“Acreditamos que só a partir de um contato direto, a cidadania feminina pode ser resgatada e o seu silêncio rompido.” Disse Washington Guedes
Em seu discurso, o Presidente do Centro Acadêmico Sobral Pinto do CCJ – UEPB, Wollney Ribeiro, relatou que:
“O projeto Maria’s da Borborema surge com o escopo de ser mais uma ferramenta para a inserção da Universidade Estadual da Paraíba na comunidade, através de uma extensão da instituição no meio social. O projeto de extensão apresentado deve contar com a participação dos alunos dos cursos de Direito da UEPB, e estimular, através da produção de meios e divulgação de informações que promovam políticas públicas em defesa da mulher. Fornecendo conhecimento, para que deste modo, toda a sociedade faça uma nevrálgica reflexão acerca desta chaga social, tão presente na cidade de Campina Grande.”
O projeto é capitaneado pelo Promotor de Defesa dos Direitos da Mulher, Luciano de Almeida Maracajá. Que em sua fala, fez uma avaliação dos trabalhos que vêm sendo feito pela Promotoria da Mulher, a partir da sua criação, há três meses, destacando que nesse período pelo menos oito ações civis públicas já foram instauradas para apurar responsabilidades por crimes cometidos contra mulheres campinenses.
Mais de 130 pessoas participaram do evento, que foi um sucesso e superou todas as expectativas.
Na foto: O Presidente do CASP do CCJ - UEPB, Wollney Ribeiro; O Promotor de Defesa dos Direitos da Mulher, Luciano de Almeida Maracajá; O Diretor do CASP CCJ - UEPB, Washington Guedes; A Diretora do CASP CCJ - UEPB, Alaíde Medeiros; Suzana Queiroz, Servidora do MP e Lorena Correia integrante do Marias da Borborema.
